As aparições de Fátima, em 1917, foram acontecimento religioso e nacional que ocupou muitas colunas da Imprensa Diária daquele tempo. O povo afluiu à Cova da Iria em correntes caudalosas de curiosidade, mas também de Fé e de Esperança.  
  Vivia-se um momento difícil, com angustiante sofrimento, imposto pela primeira Grande Guerra Mundial. A Senhora mais brilhante que o Sol prometia a paz, mas pedia penitência e oração.  
  E o povo rezava, caminhava, por vezes arrastava-se e chorava. Os seus sacrifícios eram autênticas violências ao Céu, com a imploração da protecção da Virgem.  

  Os milagres sucederam-se: alguns de natureza física, muitos, muitos de natureza espiritual.  

  A grande Peregrinação foi feita pelas três crianças, num jornadear diário por entre a descrença de uns, as ameaças de outros, as caminhadas para o pastoreio, os sacrifícios voluntários que a si se impunham, os interrogatórios pelas autoridades civis e religiosas.

Lúcia de Jesus
(22 Março 1907)
Francisco Marto
(11 Junho 1908 – 4 Abril 1919)
  Longa caminhada de seis meses, animada pelas palavras de Nossa Senhora que lhes transmitia a sua mensagem, pedindo que rezassem o terço todos os dias para obter a paz no Mundo.  

  Em 13 de Outubro foi o milagre do Sol perante 70 000 pessoas. 0 acontecimento encheu o Pais e ultrapassou as fronteiras. Fátima, passou a ser o Altar do Mundo.  

  A Jacinta e o Francisco são chamados para junto de Nossa Senhora, tal como antes lhes tinha sido anunciado.  

  O perfume exalado dos restos mortais de Jacinta parece ainda hoje inebriar as almas dos crentes que imploram e rezam pela sua beatificação. 

  A Igreja menciona as aparições de Fátima e em 1942 o Papa Pio XII faz a consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, fazendo-se em 1952, no mesmo Pontificado, a Consagração da Rússia. 

   Em 13 de Maio de 1967 o Papa Paulo VI vinha a Fátima e em 13 de Maio de 1982 é o Papa João Paulo II que humildemente ajoelha junto da imagem de Nossa Senhora na Capelinha das Aparições.  

  Livros, jornais e revistas de todo o Mundo tem espalhado por toda a Terra a mensagem de Fátima.   

  Mas pareceu conveniente que os principais episódios deste grande acontecimento conhecido pelo MILAGRE DE FÁTIMA ficassem corporizados em figuras de três dimensões, enquadradas, tanto quanto possível, num ambiente próprio significativamente espiritualizado, quase vivo, para os presentes e para os vindouros.   

  Eis a razão da fundação do Museu de Cera de Fátima.

Jacinta Marto
(11 Março 1910 – 20 Fevereiro 1920)